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Tratamento devolve a qualidade de vida e impulsiona a longevidade de pacientes idosos com estenose aórtica
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Procedimento TAVI ao inserir uma nova válvula artificial através de um cateter |
Novembro de 2025 - As doenças cardiovasculares representam uma das principais preocupações de saúde pública, exigindo atenção contínua à prevenção e ao diagnóstico. Entre essas condições, a estenose aórtica merece destaque pela sua relevância e pelo impacto significativo que pode ter na qualidade de vida de muitas pessoas. Caracterizada pelo estreitamento da válvula aórtica do coração, afeta principalmente a população idosa, com uma incidência que pode chegar a 2-3% em pacientes acima de 65 anos1. Quando não tratada, a estenose aórtica pode levar a sintomas graves como falta de ar, dor no peito e desmaios, comprometendo significativamente a rotina e a expectativa de vida.
De acordo com o Dr. Felipe Fuchs, cardiologista intervencionista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, "a estenose aórtica é uma doença crônica que, na maioria dos casos, está associada ao envelhecimento. Como a população do Rio Grande do Sul é marcada por grande longevidade, a doença acaba tendo uma incidência relevante no estado", comenta.?
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Com o passar dos anos, a válvula aórtica, responsável por regular o fluxo sanguíneo que sai do coração para o organismo, pode apresentar um espessamento e acúmulo de cálcio. Isso acaba dificultando a circulação, fazendo com que o coração precise de mais esforço. De acordo com Dr. Felipe, não existe um medicamento específico para reverter esse quadro. A solução mais efetiva é a substituição da válvula comprometida.?
O diagnóstico da estenose aórtica geralmente começa com a suspeita clínica, baseada nos sintomas que o paciente apresenta. A confirmação é feita por um ecocardiograma. Este exame permite ao médico visualizar a válvula aórtica, verificar seu funcionamento, medir o grau de estreitamento e avaliar como o coração está sendo afetado pela doença.
Felizmente, os avanços da medicina trouxeram uma revolução no tratamento dessa doença. Tradicionalmente, a substituição da válvula aórtica exigia uma cirurgia cardíaca aberta, um procedimento de grande porte que envolve a abertura do tórax do paciente. No entanto, o surgimento do Implante Transcateter de Válvula Aórtica, conhecido como TAVI, mudou completamente esse cenário.
"Sabendo que a estenose aórtica afeta até 10% das pessoas com mais de 80 anos e que esse é um grupo com alto risco para procedimentos cirúrgicos convencionais de peito aberto, a TAVI representa uma verdadeira quebra de paradigmas no tratamento destes pacientes. A TAVI permite a inserção de uma nova válvula artificial por meio de um cateter, geralmente pela virilha, tornando o procedimento minimamente invasivo. O resultado é uma recuperação muito mais rápida, com alta hospitalar em apenas um ou dois dias, e um impacto significativo na qualidade e na expectativa de vida dessas pessoas, detalha Dr. Felipe.?
Indicação e acesso no Brasil
A durabilidade da prótese e a rápida recuperação são pontos cruciais que conectam o TAVI à longevidade e à sustentabilidade do sistema de saúde. Estudos e a experiência clínica têm demonstrado que as próteses implantadas com TAVI possuem uma durabilidade comparável às válvulas cirúrgicas, com resultados promissores a longo prazo. Ao permitir que os pacientes retornem rapidamente às suas atividades, o TAVI contribui para uma vida mais ativa, com mais qualidade e independência.
Apesar disso, o Dr. Rogério Sarmento, Presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) explica que a indicação de cobertura do TAVI pelos planos de saúde no país é restrita a pacientes com 75 anos ou mais, que apresentam alto risco para a cirurgia cardíaca aberta. Pacientes fora desse perfil, mesmo com indicação médica, muitas vezes recorrem a medidas judiciais para ter acesso ao tratamento. "O procedimento também já está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), mas apenas para pacientes de alto risco cirúrgico. O maior desafio, entretanto, não é a falta de infraestrutura — hoje temos dezenas de hospitais capacitados em todo o Brasil —, e sim a ausência de financiamento adequado. O valor de reembolso previsto atualmente pelo SUS é inferior ao custo real do procedimento, o que acaba limitando a ampliação do acesso", esclarece.
Referência:
1. Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Diretriz Brasileira de Valvopatias – 2020. Arq. Bras. Cardiol. 2020;115(5):720–775.
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