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Ortopedista da Hapvida explica que a falta de atividade física, pouca exposição solar e alimentação desequilibrada têm gerado aumento nos casos de osteoporose
O Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, celebrado em 20 de outubro, é marcado pelo alerta de um problema que, apesar de ser mais comum em pessoas idosas, também pode afetar os mais jovens. A rotina sedentária, longos períodos em frente às telas, pouca exposição solar e alimentação desequilibrada têm comprometido a saúde dos ossos e aumentado o risco de osteoporose. A doença, caracterizada pela deterioração da estrutura óssea, torna o corpo mais suscetível a fraturas e, na maioria das vezes, não apresenta sintomas em suas fases iniciais. Dessa maneira, é fundamental a conscientização e a prevenção.
Segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a osteoporose atinge cerca de 15 milhões de pessoas no Brasil. O ortopedista da Hapvida, Toni Lemos, destaca que o sedentarismo é um dos principais inimigos da saúde óssea. A falta de atividade física reduz o estímulo mecânico necessário para o fortalecimento dos ossos, o que leva à diminuição da densidade óssea. “Nosso corpo precisa de movimento, impacto e carga. Exercícios como caminhada, corrida, dança, musculação e até subir escadas ajudam a estimular a formação óssea”, orienta.
Outro fator de risco é a baixa exposição solar, cada vez mais comum em um estilo de vida dominado por telas e ambientes fechados. A luz solar é essencial para a produção de vitamina D, responsável pela absorção do cálcio no organismo. A deficiência dessa vitamina está diretamente associada à fragilidade óssea e ao desenvolvimento da osteoporose, segundo o ortopedista.
Como a osteoporose, na maioria das vezes, é assintomática nas fases iniciais, os sinais de alerta são importantes. “Em grande parte, estão relacionados a complicações e a fatores de risco que necessitam de investigação diagnóstica”, declara Lemos. Os principais sinais e eventos que devem acender o alerta, desta forma, são: fratura por fragilidade, na qual ocorre após um trauma de baixo impacto e é frequentemente a primeira manifestação da doença; diminuição da altura com a perda de estatura progressiva ao longo dos anos, geralmente causada por microfraturas vertebrais que comprimem a coluna; dor crônica nas costas causada pelas microfraturas ou deformidades vertebrais; postura encurvada; cifose torácica ou "corcunda"; deformidade vertebral resultante do colapso das vértebras.
Além disso, existe a diferença na incidência da osteoporose entre pessoas do sexo masculino e feminino. “Nas mulheres, a principal causa é a queda acentuada na produção do estrogênio, hormônio fundamental para a manutenção da massa óssea. Sem ele, a perda óssea se acelera drasticamente nos primeiros anos pós-menopausa, podendo chegar a 15% de perda em apenas cinco anos. Já nos homens, a osteoporose costuma aparecer mais tarde, de forma mais gradual, pois eles têm uma reserva óssea naturalmente maior”, esclarece Lemos.
A alimentação também tem papel essencial, especialmente na prevenção. O cálcio, presente em leite e derivados, e a vitamina D, encontrada em peixes como salmão e atum, são indispensáveis para a manutenção da estrutura óssea. Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de sal, café, refrigerantes e álcool, que interferem na absorção desses nutrientes.
O ortopedista reforça que, embora a osteoporose não seja reversível, o tratamento pode retardar sua progressão e reduzir o risco de fraturas. “O diagnóstico precoce é fundamental. O objetivo do tratamento é estabilizar a massa óssea e preservar a qualidade de vida do paciente”, pontua. Assim, o recado é claro: “O osso forte de amanhã é construído hoje. A prevenção deve começar na juventude, com bons hábitos alimentares, prática regular de exercícios e acompanhamento médico. Assim, garantimos uma reserva óssea sólida para o futuro”, enfatiza Lemos.
Sobre a Hapvida
Com 80 anos de experiência, a Hapvida é hoje a maior empresa de saúde integrada da América Latina. A companhia, que possui mais de 73 mil colaboradores, atende quase 16 milhões de beneficiários de saúde e odontologia espalhados pelas cinco regiões do Brasil.
Todo o aparato foi construído a partir de uma visão voltada ao cuidado de ponta a ponta, a partir de 86 hospitais, 80 prontos atendimentos, 365 clínicas médicas e 301 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.