Veterinária alerta para os cuidados com a gripe aviária em Santa Catarina
O governo federal confirmou o primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) na avicultura comercial do Brasil
Na última sexta-feira (16), Santa Catarina, o único estado que faz divisa com o Rio Grande do Sul, emitiu um alerta para a avicultura comercial reforçar as medidas de biosseguridade. A medida foi adotada após a confirmação de um foco de gripe aviária em uma granja comercial no RS. Também conhecida como H5N1, esta doença é causada por um subtipo do vírus influenza que atinge, predominantemente, aves.
Vários surtos de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) também já foram observados em algumas regiões das Américas no início de 2025, particularmente nos Estados Unidos, causando prejuízo de bilhões de dólares e o aumento no preço dos ovos, além de mortalidade de aves.
"Somos o segundo maior exportador de frangos do País e por isso o nosso estado precisa estar em alerta e deve redobrar a atenção diante de qualquer ameaça sanitária", destaca Ranna Sousa, professora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera. Ela explica que a gripe aviária, também conhecida como influenza aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e selvagens.
"A presença dessa doença no Rio Grande do Sul, que faz fronteira apenas com o nosso estado, pode ter sérias implicações para a saúde pública, a economia e o agronegócio, pois ela pode causar alta mortalidade em aves domésticas, como galinhas, patos e perus. Dessa forma, em caso de surto, medidas sanitárias devem ser implementadas imediatamente para evitar a disseminação da doença. O impacto dela pode resultar em perdas econômicas substanciais para os produtores em virtude da morte das aves e do fechamento das fronteiras para exportações", reforça a médica veterinária.
A docente ainda destaca que o risco de infecções em humanos por esse vírus é baixo. "Na maioria dos casos, ocorre somente em tratadores ou profissionais que estão em contato com as aves que foram infectadas, estejam elas vivas ou já mortas".
Ranna Sousa dá algumas dicas de cuidados para evitar a gripe aviária. Confira:
Monitoramento Contínuo: Realize monitoramento contínuo das aves para detectar precocemente sinais de gripe aviária. Isso inclui a observação de sintomas como tosse, espirros, dificuldade respiratória, redução na produção de ovos e aumento na mortalidade;
Testes Laboratoriais: Testes laboratoriais para identificar a presença do vírus da gripe aviária são realizados rotineiramente através de coleta de amostras de aves e o envio para análise em laboratórios especializados visando o monitoramento da presença do vírus e a detecção precoce. Em caso de suspeita, comunique imediatamente a ADAPAR para que possa ser feito o diagnóstico adequado.
Biossegurança
Manejo Adequado de Resíduos: Gerencie adequadamente os resíduos, incluindo fezes, restos de alimentos e carcaças de aves. Utilize métodos seguros de descarte e desinfecção para evitar a contaminação.
Vacinação de Aves: Considere a vacinação das aves contra a gripe aviária, especialmente em áreas de alto risco. A vacinação pode ajudar a reduzir a incidência da doença e a proteger a saúde das aves.
Programas de Vacinação: Desenvolva e implemente programas de vacinação em colaboração com autoridades sanitárias e veterinárias. A vacinação deve ser realizada de acordo com as diretrizes e recomendações oficiais.
Treinamento de Trabalhadores: Ofereça treinamento regular para trabalhadores e proprietários de granjas sobre os cuidados e medidas preventivas contra a gripe aviária. Inclua informações sobre sintomas, biossegurança e procedimentos de emergência.
Controle de Aves Selvagens
Uso de Equipamentos de Proteção: Exija que trabalhadores utilizem equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas, máscaras e aventais, ao manusear aves e realizar tarefas de desinfecção.
Colaboração com Autoridades
Notificação de Casos Suspeitos: Notifique imediatamente as autoridades sanitárias e veterinárias sobre qualquer caso suspeito de gripe aviária. A colaboração com autoridades é essencial para a implementação de medidas de controle e prevenção.
Implementação de Protocolos: Siga os protocolos e diretrizes estabelecidos pelas autoridades sanitárias e veterinárias. A adesão às recomendações oficiais é crucial para prevenir surtos e proteger a saúde pública.
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