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Especialista em gestão de resíduos aponta urgência de ampliar a reciclagem e a economia circular

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Diante da queda do índice global de reciclagem, uma

das soluções importantes é a transformação de resíduos orgânicos em produtos com valor agregado
 

O transcurso do Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, é marcado por um alerta relevante para a preservação da natureza e dos recursos naturais e a agenda do clima: apenas 6,9% dos materiais utilizados globalmente são reciclados, conforme acaba de revelar o estudo Circularity Gap Report 2024. O índice representa uma queda em relação ao patamar de 9,1% registrado em 2018, evidenciando o agravamento da crise de sustentabilidade que afeta o planeta.
 

Diante desse retrocesso, a especialista em gestão de resíduos Lívia Baldo, diretora da Tera Ambiental, reforça a urgência de ampliar e qualificar as práticas de reaproveitamento de recursos. O levantamento, realizado pela Deloitte e a organização internacional Circle Economy, mostra que o mundo consome atualmente cerca de 115 bilhões de toneladas de materiais por ano, dos quais apenas uma fração ínfima retorna ao ciclo produtivo. Ainda segundo o relatório, mais de 70% dos gases de efeito estufa estão associados à extração e ao processamento de matérias-primas, o que torna a transição para uma economia circular não apenas desejável, mas indispensável.
 

No Brasil, o cenário também demanda atenção. O país gera aproximadamente 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano, mas recicla efetivamente apenas 4% desse montante, conforme levantamento da Abrema (Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente) a partir de dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) de 2023. Isso significa que mais de 90% dos resíduos recicláveis ainda seguem para aterros ou lixões, perdendo valor e contribuindo para impactos ambientais que poderiam ser evitados.
 

Para Lívia Baldo, o caminho passa pela atuação conjunta entre empresas, poder público e sociedade civil. "É essencial ampliar o foco da reciclagem para incluir também resíduos orgânicos e o lodo gerado no tratamento de esgoto, que ainda são pouco reciclados", ressalta.
 

Estima-se que a produção de lodo sanitário no Brasil varia entre 150 mil e 220 mil toneladas por ano. Contudo, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2017) indicam que o reaproveitamento desse resíduo ainda é bastante limitado: menos de 5%. Apesar da existência de tecnologias e iniciativas voltadas para o reaproveitamento do lodo, a falta de investimento, de infraestrutura favorável e de conscientização seguem como obstáculos para o avanço dessa taxa.
 

Em Jundiaí (SP), a Tera Ambiental opera uma planta de compostagem que transforma diversos resíduos orgânicos — incluindo o lodo gerado na estação de tratamento da cidade — em fertilizantes. "Esse modelo de economia circular traz benefícios ambientais e sociais: reduz passivos, melhora a qualidade do solo, gera empregos e movimenta a economia", observa Baldo.
 

Para que soluções como essa se tornem mais comuns, Lívia defende políticas públicas que incentivem a gestão sustentável dos resíduos e ampliem a fiscalização do descarte irregular. "Também é fundamental conscientizar as indústrias sobre os ganhos econômicos e ambientais do reaproveitamento", alerta. "Ao valorizar os resíduos como insumos e adotar tecnologias que viabilizem seu retorno à cadeia produtiva, podemos transformar os números negativos da reciclagem em oportunidades concretas de mudança", conclui a diretora da Tera Ambiental.
 


 




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